Precisava

desaparecer do mundo durante uns belos meses. Talvez, finalmente, conseguisse de vez amenizar o passado. Pensava eu que estava livre e despreocupada por um bocado, mas quando menos preciso, lá vem dar sinal de si e estragar-me o belo do descanso.
Apostar tanto nas pessoas tem disto. Colocámos certas pessoas em pedestais, à frente da nossa própria pessoa, temos em conta os seus interesses, importámo-nos mais com elas do que connosco, até nos esquecemos um pouco de nós, e depois levámos com o que elas nos querem dar... E desiludimos, e esperneámos, "porquê a mim? porquê?", "eu não merecia uma coisa destas".
Mas o mundo é mesmo assim, as pessoas são mesmo assim. E tentamos ignorar. E tentamos andar no nosso caminho. E caímos. E batemos no chão. E levantamos. A vida nunca foi justa e nunca será. Temos de conviver com esse facto e aceitá-lo. E decidirmos se queremos manter-nos fiel a quem somos e aos nossos ideiais, mesmo que tudo se volte a repetir. Pode haver alguém que nos surpreenda. E quebre esse ciclo.
Precisava mesmo de uns belos meses longe das pessoas das dores do meu coração.

Sem comentários:

Enviar um comentário