Romaria

Acabaram-se as Festas aqui por Viana. Lá terminou a Romaria da Nossa Sra D'Agonia deste ano. Agora espera-se pelas Feiras Novas em Ponte de Lima para despedir da  M. que vai embora trabalhar para as lindas das Inglaterras. 
O dia a marcar da Romaria deste ano foi, sem dúvida, o da noite dos tapetes. Jantámos perto do Jardim principal da cidade, onde rimos bastante, suspiramos pelos empregados que não percebiam que os chamávamos e depois se esqueciam. Mas foi um bom convívio. Depois lá fomos até à Praça da Liberdade ver o resto dos ranchos que andavam a actuar. A I. ainda foi ao palco dançar um bocadinho quando eles chamaram público e tal, para matar o bichinho da saudade.
Lá subimos nós a Avenida para cortar caminho por zonas mais calmas até ao local onde seriam elaborados os belos dos tapetes de sal, todos eles feitos pela comunidade piscatória residente naquelas ruas. Aqui começou a ruína. xD
Tapar copos com a mão, passar pelo meio de tanta gente, tentar tirar fotos aos tapetes e aos senhores que os faziam, continuar a furar pelo meio daquela gente toda, respirar quando chegámos a zona aberta, tirar foto com veículos de outrém, voltar a entrar noutra rua, passar a mão da M. no senhor rabo do moço da frente, muita risota, esperar pelo WC, voltar a repôr a bebida, etc etc etc. Durante este tempo todo foi encontrar pessoas que não gostávamos, outras que era naquela, muitas que fingiam que não nos conheciam/viam, muitos "bifes", muita gente "gorda" que não se desviava.
Acabada a minha última bebida, já estava noutras paragens até ficar mal disposta e só apetecer dormir. Só ouvia "não feches os olhos, não encostes a cabeça, não te sentes, anda". Pois, eu bem que queria ter começado a andar antes, mas ninguém se mexia! xD
O J. lá acabou por ficar como eu mas sem ficar mal disposto! Sortudo... A I. comprou um cachorro e queria que eu comesse um bocado para ver se o álcool me abandonava um pouco. Pois sim... Aqueles molhos deram-me cá uma azia! Nem quis comer mais, não fosse o Diabo tecê-las e fazer-me vomitar ali. xD
Mesmo assim sentia-me um bocado triste, porque sabia que estavam preocupados comigo e eu não conseguia ir para meio de multidão para dançarmos um bocado. Enfim...
Lá acabámos por bazar, conforme o Sol começava a despontar. Chegar a casa e atirar para a cama, descansar o corpo e a mente. E acordar a boa hora no dia que tinha já começado.

Gostei muito da nossa noite, apesar do que aconteceu para o fim. Mas foi muito boa. A companhia era óptima, o ambiente era bom. Posso não ter ido ao último dia das Festas ver a Procissão ao Mar mas penso que nunca tive um ano tão bom quanto este.
Que venham as Feiras Novas para que a segunda saga comece.







"Eu não era capaz..."

Dizem. Pois sim, nota-se. 
Há gente com personalidade tão falsa. "Já viste aquele/a?", "eu nunca faria isso", "é mesmo falsa". Ok, pode-se opinar à vontade. Ok, pode-se mostrar que se possui certos ideais. Mas por favor, mantenham-se fiéis ao que dizem e querem transparecer aos outros. Não se tornem aquilo que ainda há pouco tempo abominavam! É a coisa mais ilógica que podem fazer.
Depois vai passando o tempo, e a distância realmente ajuda a ver melhor certas pessoas, e então vemos que muita coisa já antes estava mal. Muita coisa era dita, muita coisa era reclamada, mas ora aí está, era tudo palavras soltas cheias, ou não, de convicção naquela altura. Porque mesmo nessa altura, todos os gestos e acções, por mais mínimos que fossem, mostravam bem o contrário. Era só somar um após o outro e eles lá estavam. A gente é que, meia cegueta, não conseguia ver com nitidez.
Que desilusão. E que comédia também. 
Saber que uma pessoa, que a gente até tinha aquele carinho, podia possuir uma personalidade tão torta e falsa. Essa pessoa sim era falsa, com todas as letras. E agora olha-se para ela à distância, descobre-se mais, sabe-se mais, às vezes até se ri. Que cambada de parvos que aí anda, e um dia dei-me eu com eles. Mas também, é preciso darmo-nos uma vez com eles para os ir topando melhor no futuro, não é verdade?
"Ela é uma otária", "ela é meia estúpida", "ela é parva", "caga nela, é uma idiota". Pelo menos ainda vou sabendo o que sinto. Pelo menos sou honesta quando sinto amizade por alguém, entrego-me, às vezes mais do que devia, confio e sou leal, dou aquilo que tenho e por vezes que quase não tenho. Parva sou é em acreditar que o outro lado também o vai ser a 100%. Alguns até o são. Tenho alguns exemplos disso, poucos, porque nunca fui de quantidade. Crescemos juntos, evoluímos juntos, distanciámo-nos, aproximámo-nos, damos um "olá". Mas lá estão, independentemente de tudo.
Tenho pena é daquelas pessoas. Amizades que podiam ser prometedoras. E eu ainda me preocupo em dar atenção e texto a isso... enfim.