Receios e manias

E vejo-me voltar aos receios de outrora. Aos medos e manias de que quase todas as pessoas nos querem mal e estão contra nós, ou esperam a mínima oportunidade de nos prejudicar.
Eu tento pensar para mim própria que são manias de quem neste momento está com saúde mais fraca. Estou doente e pelos vistos ainda não é desta que melhoro e vou ter de fazer exames... Começo a ficar farta do estado em que estou (não se preocupem que não é nada de auto flagelo, estou mesmo doente), cada vez mais stressada, ainda mais do que o que já estava, com cada vez menos paciência, estou a sentir-me farta de quase todas as pessoas e de quase todas as coisas e acções. Decidi afastar-te do facebook e do skype e de mais alguns para cortar contactos temporários. Não consigo enfrentar pessoas neste momento. Simplesmente irritam-me.
Passei estas duas semanas que nem uma incapaz que não podia fazer nada, devido ao estado em que estava. Primeiro um inferno, depois um zombie autêntico. E hoje, que terminei mais uma fase, parece que ainda não é desta vez! Estou farta de deixar dinheiro no médico. Estou farta que, em vez de tentarem outras coisas, me metam mais medicação pela goela abaixo, visto que só resulta temporariamente. Estou farta de estar doente e de me sentir mal. Gostava que isto passasse de vez...

E as pessoas... Sinceramente, estou mais descansada desde que iniciei o meu programa temporário de afastamento. Não vejo quase nada de ninguém, nem ouço falar de quase ninguém. Se antes já me sentia ignorada e me sentia pior por o saber, então agora sinto-me melhor porque sei que ninguém tem como me ignorar visto não terem como contactar. 
Eu sei que muitos não fazem por mal, eu às vezes também não faço. Mas neste momento parece que anda tudo na lua, ou em lua de mel, ou com amigos novos, ou com projectos novos, ou outras coisas quaisquer que os fazem "esquecer" um bocado os outros. Principalmente quando são aquele género de pessoas que impõem afincadamente a sua presença no nosso dia-a-dia, como se de amigos nos tratássemos desde jardim de infância, aqueles aos quais nos habituamos a ter sempre um "oi" e... depois, de um momento para o outro, fazem um rasgo nessa quantidade de "atenção" que nos davam. Tiram-nos o doce, o rebuçado e quase raramente nos dão. E depois chegamos uma altura que quase perdemos a vontade de voltar a ter aquele doce que tínhamos juntos. Provavelmente por medo de levar outra vez com a chapa. 
Eles esquecem que nos criam expectativas, que depositamos confianças, esperanças e futuros nessas pessoas, sonhos que ambicionamos para ambos com carinho e amizade. E depois nos fazem tremer.
Sou uma pessoa que se for preciso, sabe lutar sozinha, sei levantar as mangas, os punhos e lutar. Sei defender quando a minha determinação assim o manda. Mas, infelizmente, sou uma pessoa das pessoas. Dependendo delas nas minhas mudanças de humor, dependo delas nos meus pensamentos, para clarear ideias. Gosto dos meus momentos de silêncio, mas maioritariamente de contacto com o outro. E neste momento ando a deixar-me ser demasiado afectada por tudo. 
Distanciar-me é a chave de agora, juntamente com a de tratar da minha saúde.
Primeiro trimestre a acabar, espero que o segundo traga coisa diferentes,

Pausa

Ausência temporária de muita coisa quanto seja tecnologia/internet. Apenas página e blog do meu projecto de crochet se manterão activos nestes dias.
Desliguei para o resto do mundo entretanto.
Sayonara!

Objectivo 2013

Um objectivo alterado e agora mais definido:
- arranjar trabalho fora de Portugal até Setembro/Outubro ou, chegando esta altura, inscrever para Mestrado e concorrer a Bolsa de Estudo

É difícil dizer Adeus quando a vontade é dizer Volta.

Uma frase hoje presente num vídeo partilhado pelo Shiuuuu na sua página do Facebook. 
Este vídeo, além de me distrair bastante na sua observação, fez-me pensar na temática. Apesar de eu já pensar muito nela... Mas não interessa.
O vídeo focava, principalmente, um amor perdido, que foi deixado fugir, com acções/atitudes/palavras que fizeram sofrer a pessoa amada e que, por fim, a afastou. Depois o desejo de que tudo pudesse ter sido diferente, o desejo de poder voltar atrás e escrever de forma diferente aquele momento que mudou tudo. Ou mesmo poder dizer aquela palavra que poderia dar uma última esperança, Desculpa.
A primeira parte falava do sentimento Amor, da ideia de como ele devia ser "visto", para sentirmos na sua plenitude. Partilhar com o outro. Eu acho que esse sentimento só se atinge dessa maneira, partilhando. De outra forma não seria completo. Temos de nos dar, entregar, sofrer e perdoar. Sermos frágeis. Mostrar a outro que gostamos dele, que é especial na nossa vida. Estamos a amar dessa forma. Quer sejam amigos, família, companheiros, animais, plantas, etc. É tudo uma partilha de sentimento, de alegria e tristeza.
Claro que aqui foi focada a parte romântica, daquela pessoa especial. Eis que chegámos ao amor perdido, que perdemos por uma falha nossa. Contudo, durante o que ouvia e sentia, só conseguia pensar no oposto. Termos sido o amor que o outro perdeu porque fez algo que nos magoou, e que ainda assim gostava de nós. Senti tudo o resto. O ter construído algo com carinho e dedicação durante aquele tempo que compartilhámos. Os sorrisos. O crescimento a dois e como indivíduos. Lembrei as dores partilhadas. As conversas trocadas. Os sentimentos novos. A liberdade de entrega, de ser eu. De ter criado uma amizade e um amor. 
E, de repente, ele desfez-se. Construiu-se para se desfazer num momento só. E depois começa outra batalha, querer apagar o que aconteceu, o que se viveu, como se com uma simples borracha pudéssemos parar de sentir o que magoa, o que faz chorar. Só conseguia pensar naquela frase. A vontade que eu própria tinha. Até quem é perdido tem de dizer Adeus, e como custa... A dor é tão grande que não conseguimos lutar mais, mesmo que a vontade seja dizer Volta. Não dá. A cabeça tem de entrar no lugar do coração. Mesmo que o outro goste de nós, precisa ter consciência dos seus actos. Sermos completamente magoados pela pessoa que mais amamos, após tanto esforço, dói demais, destrói-nos de uma forma estrondosa. E então ganhámos coragem e dizemos Adeus. Tomamos uma decisão e vamos embora, por mais que queiramos voltar ou que o outro volte para nós. 
Talvez os caminhos tenham sido feitos para se dividir naquele instante. Talvez não tivesse sido o momento certo para amar a dois. A vida tem dessas coisas. Entrega-nos alguém que irá mudar por completo o nosso coração e depois depende de nós lutar para que tudo siga um caminho favorável. Mas, outras vezes, assim não o é. E então temos de crescer com o que aprendemos, o que sentimos, levantar a cabeça e esperar que a vida seja nossa amiga nos dias que seguirão. 
Também eu gostava de poder voltar atrás. Mas o tempo é isso mesmo, não pára, nem permite tal privilégio. 
Desculpa. Amanhã é outro dia. E eu tenho de lutar por ser feliz, com ou sem ti.